Movimento maker e impressão 3D: qual a ligação?

Chegou a hora de entender a relação do movimento maker com a impressão 3D. Confira o post e descubra como participar dessa transformação!


Acredite ou não, o “Movimento Maker” e impressão 3D são dois conceitos que estão completamente conectados. Muitas pessoas, inclusive, já ouviram falar sobre essa conexão e, até mesmo, já fazem parte dela sem se dar conta. Para entender melhor, é preciso explorar o que é a “Cultura Maker” e como ela pode atuar no universo tridimensional. Basicamente, a ideia é a de que qualquer indivíduo tem o poder de criar diversos objetos. A ideia é uma extensão da popular frase conhecida como “Do It Yourself” (DIY), que ficou famosa entre os brasileiros e pode ser facilmente encontrada em plataformas digitais, como o Pinterest. Mas, no âmbito profissional, como será que esses conceitos se encontram e podem ser aproveitados pelos profissionais? Neste post, te explicamos tudo sobre a tendência.

Acompanhe e fique atualizado!

O “Movimento Maker de A a Z

Antes de tudo, vamos nos aprofundar no movimento maker. Criado em 2005 e incentivado a partir do lançamento da revista estadunidense “MAKE”, o conceito diz respeito a uma cultura responsável por valorizar a capacidade de cada indivíduo em desenvolver os itens que são consumidos em seu dia a dia. Por essa razão, o foco é promover a aprendizagem informalmente. Em outras palavras, o compartilhamento de informações, de forma pública, permite que toda a comunidade tenha fácil acesso e, em paralelo, consiga aproveitar e se divertir no momento em que realiza as suas criações. Nesse processo, são utilizadas diversas tecnologias. Entre elas, destacamos as seguintes: 

  • Costura; 
  • Marcenaria eletrônica; 
  • A impressão 3D;
  • Qualquer outra técnica capaz de facilitar o trabalho do profissional.

Manifesto Maker:

Os makers já possuem até um manifesto. Ele foi publicado em detalhes, e também numa versão resumida, no livro “The Maker Movement Manifesto: Rules for Innovation in the New World of Crafters, Hackers, and Tinkerers” (O Manifesto do Movimento Maker: Regras para Inovação no Novo Mundo dos Artesãos, Hackers e Reformadores), de Mark Hatch, fundador da empresa TechShop e um dos gurus mundiais do movimento, lançado em 2013 na Europa e nos Estados Unidos. Hatch é um dos que acreditam no potencial revolucionário do MM, “talvez maior até do que o da internet”. A ver com toda cautela.


A seguir, a tradução da versão resumida do manifesto:
Fazer – Algo fundamental para o significado do ser humano. Devemos fazer, criar e nos expressar para nos sentirmos inteiros. Há algo único em fazer coisas físicas. Elas são como pequenos pedaços de nós e parecem incorporar porções de nossas almas.
Compartilhar – O sentimento total de plenitude de um criador ou inventor só é alcançado quando ele compartilha o que fez e sabe sobre o fazer com os outros. Fazer e não compartilhar é inviável e anacrônico.
Presentear – Há poucas coisas mais altruístas e satisfatórias do que dar algo que você fez. O ato de fazer coloca um pequeno pedaço de você no objeto. Dar isso para outra pessoa é como doar um pequeno pedaço de si mesmo. Tais coisas muitas vezes são nossos itens mais estimados.
Aprender – Você deve aprender a fazer. Sempre procurar aprender mais sobre sua criação. Você pode se tornar um viajante ou mestre artesão, mas ainda aprenderá, desejará aprender e impulsionará o aprendizado de novas técnicas, materiais e processos. Construir um caminho de aprendizagem garante uma vida rica e recompensadora e, mais importante, permite compartilhar.
Equipamentos – Você deve ter acesso às ferramentas certas para cada projeto. Invista e desenvolva acesso local às ferramentas de que você precisa para fazer o desejado. As ferramentas jamais foram tão baratas, poderosas e fáceis de usar.
Divirta-se – Tenha bom humor diante do que está fazendo, e ficará surpreso, animado e orgulhoso do que descobrir.
Participe – Junte-se ao Movimento Maker e alcance os que estão por perto. Juntos, vocês irão trocar experiência, conhecimento e descobrirão a alegria de fazer. Realizem encontros, seminários, festas, eventos, dias de fabricante, feiras, exposições, aulas e jantares com e para os outros makers em sua comunidade.
Apoie – Isso é um movimento. Requer apoio emocional, intelectual, financeiro, político e institucional. Apoie no que for ao seu alcance. A melhor esperança de melhorar o mundo está em nós mesmos. Somos responsáveis ​​por isso fazendo um futuro melhor.
Mude – Aceite e abrace as mudanças que se apresentarão e ocorrerão naturalmente em sua trajetória maker. Você se tornará uma versão mais completa de você mesmo (no espírito maker, sugiro fortemente que você pegue esse manifesto, faça mudanças nele se for o caso, e trilhe o seu próprio caminho. Esse é o ponto no fazer).

A verdade é que qualquer pessoa pode fazer parte do movimento maker. Contudo, será preciso cumprir alguns pré-requisitos. Quais são eles? Ser curioso, ter vontade de aprender e uma paixão especial por tecnologia e pelo desenvolvimento de objetos. 

Para quem deseja aprender mais, ainda existem diversos eventos (físicos e on-line) que atraem pessoas do mundo inteiro e são excelentes para compartilhar informações. Já no mercado, não faltam empresas que estão investindo nesse nicho. Muitas, até mesmo, incentivam os seus colaboradores a desenvolverem seus protótipos. Certamente, essa é uma solução econômica e valiosa para reduzir custos e otimizar projetos. 

Movimento Maker e impressão 3D

Um fato interessante é que a tecnologia tridimensional é uma técnica essencial na cultura maker. Com ela, os usuários conseguem materializar os seus projetos com total agilidade e de modo prático — especialmente, quando a comparamos com os modelos clássicos de produção. Todo esse processo pode ser realizado em um makerspace, ou hackerspace, como são chamados os espaços equipados com máquinas prontas para que a filosofia maker seja aplicada.Normalmente, esses ambientes são compartilhados e contam com uma série de ferramentas: cortadoras a laser, furadeiras, máquinas de costura e, claro, as impressoras 3D estão nessa lista. Ao utilizar um equipamento tridimensional, o maker terá facilidade para criar diversos objetos e experimentar muitas funcionalidades. Assim, o movimento maker e impressão 3D caminham lado a lado, permitindo que essa dupla venha sendo reconhecida em diversas linhas de produção. A previsão é que, no futuro, essa cultura esteja ainda mais consolidada e ajude boa parte da sociedade a se conscientizar sobre a necessidade de “colocar a mão na massa” e desenvolver as suas próprias soluções. E se você também deseja fazer parte do movimento maker e impressão 3D, comece agora mesmo a dividir informações, aprender e criar.

Compartilhe este post em suas redes sociais e permita que os seus contatos se aprofundem no assunto. Até mais!

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