Impressão 3D: O Guia Completo atualizado

A impressão 3D veio para revolucionar não apenas o setor de tecnologia, mas a indústria e muitos outros. Este tipo de fabricação é capaz de criar objetos que seriam impossíveis através dos métodos tradicionais. São inúmeros benefícios para muitas aplicações. As impressoras 3D estão a cada dia mais presentes na vida das pessoas e das empresas, criando ainda profissões e novos negócios. Saiba tudo sobre esse recurso e descubra como aproveitá-lo da melhor forma!


Já imaginou ter qualquer tipo de produto na palma da sua mão e em um piscar de olhos? A princípio, até parece que estamos falando de algo mirabolante ou, até mesmo, mágico. Mas, não há mistério — com a impressão 3D, isso já é possível.

Considerada um dos pilares da indústria 4,0, essa tecnologia está, a cada dia, mais conhecida em diferentes nichos de mercado, facilitando a produção de elementos tridimensionais diversos, como próteses, obras artísticas, objetos de decoração, alimentos e muitos outros. Tudo isso é criado a partir de impressora 3D.

Você provavelmente já ouviu falar sobre impressão 3D, seja por algum artigo em jornal, revista ou televisão. É muito provável ainda que não tenha visto uma impressora 3D de perto, e se já viu existe uma chance enorme que 95% das pessoas que conhece não saiba sobre o assunto. Sendo um dos pilares desta revolução, é importante estar atualizado e buscar maiores conhecimentos, já que existem novidades e evoluções todos os dias. Por exemplo, em 2021 uma nova patente que resguardava a fabricação de impressoras fechadas caiu. Você sabia disso?

Mas, será que você, de fato, sabe como esse recurso funciona, a sua história e os seus principais benefícios? Para explicar melhor, criamos um post completo e que abordará todos os detalhes da impressão 3D. Acompanhe, aprofunde-se e entre nesse universo com a gente!

Neste guia completo vamos te acompanhar em todos os aspectos que envolvem a impressão 3D. Falaremos sobre os seguintes tópicos:

A história da impressão 3D

Ao falarmos sobre a impressão 3D, é comum que muitas pessoas acreditem que essa tecnologia foi criada há pouquíssimo tempo. Porém, não é bem assim. De acordo com os registros, esse recurso ganhou vida por volta da década de 1980, graças ao estadunidense Chuck Hull.

Entretanto, não se engane: naquela época, obviamente, a impressão 3D não era como hoje, mas sim, baseada no conceito da estereolitografia.

Inicialmente, esse projeto foi dividido em duas categorias. A primeira? Desenvolver lâmpadas capazes de solidificar resinas, além de agilizar a fabricação de diferentes peças plásticas. Veja que desde 2019 ocorreu uma retomada no uso da tecnologia por cura UV, a mesma ideia do uso das lâmpadas nos anos oitenta. A segunda, seguiu o mesmo raciocínio e serviu para potencializar a tecnologia, tornando-a mais hábil e desenvolvida.

Os experimentos daquela época mostraram um grande potencial da máquina, capaz de trazer agilidade e flexibilidade na criação de protótipos e produção de peças de baixa escala.

Como todo estabelecimento de grandes companhias, o início não foi fácil, mas Chuck Hull foi então sócio-fundador da 3D Systems Corp, sendo até hoje um dos maiores players do mundo, seguindo de perto pela Stratasys. A companhia deteve por 20 anos as principais patentes que começaram a cair em 2011. A queda destas patentes foi uma das responsável pelo início da fabricação de impressoras 3D em escala.

É importante notar ainda que até um pouco antes das quedas destas patentes, impressoras 3D eram avaliadas em milhares e milhões de dólares. Os materiais também tinha um preço muito elevado. Hoje é possível fazer a compra de uma impressora 3D por pouco mais de mil reais.

O que é impressão 3D:

O tempo passou e, atualmente, a impressão 3D evoluiu bastante. Hoje, podemos dizer que a tecnologia consiste em um método de prototipar inúmeros objetos.

Leia também: comparativo entre as 4 melhores impressoras 3d baratas

No momento, os equipamentos que atuam nessa finalidade, como o caso das impressoras tridimensionais, são usados para imprimir uma ampla variedade de elementos. Entre eles, destacamos desde simples próteses e adornos decorativos, até outros mais elaborados. Partes do corpo humano e, inclusive, casas, fazem parte dessa lista.

Como isso tudo é possível? Para entender, vamos verificar como a impressão 3D funciona. A primeira etapa para desenvolver um objeto tridimensional, é ter um computador.

Por meio de programas específicos de modelagem, você poderá desenhar o que bem entender e, em seguida, imprimir a sua ideia. Também há a possibilidade de registrar uma imagem e enviá-la para que o software faça o seu mapeamento. Se você já ficou curioso sobre como criar modelos 3d à partir de imagens, siga para dois artigos muito práticos para que sua imaginação já comece a funcionar! O primeiro usa um programa muito simples chamado Tinkercad, que abordaremos mais à frente. O segundo usa outras ferramentas bem rápidas.

Com o projeto finalizado na tela, só será preciso modificar o arquivo no formato mais indicado para esse tipo de impressora, passando pelo processo de fatiamento que explicaremos mais adiante. O próximo passo é adicionar a matéria-prima no equipamento de impressão.

Existem impressões 3d que usam diversos componentes e matérias primas que servem para essa finalidade, sendo os principais:

  • plástico
  • borracha
  • papel
  • metal

Ainda é válido ressaltar que esse processo de impressão é feito “camada por camada”, sempre no sentido “de baixo para cima” para as impressoras FDM e “de cima para baixo” com as impressoras de resina. Assim que der início à impressão, você só precisará aguardar.

O tempo para finalizar um objeto dependerá de alguns fatores, como o modelo do seu equipamento, a complexidade do projeto e, inclusive, o material utilizado. Em algumas situações, essa fase pode durar de horas, até dias.

O tamanho do Mercado

O tamanho do mercado de impressão 3D é difícil de determinar com precisão, mas de acordo com algumas estimativas, o mercado de impressão 3D global deve ultrapassar US$ 35 bilhões em valor até 2024. Isso representa um crescimento significativo em relação ao tamanho do mercado em 2021, que foi estimado em cerca de US$ 10,8 bilhões. O mercado de impressão 3D é esperado para continuar crescendo rapidamente nos próximos anos, com aplicações em uma ampla variedade de setores, incluindo saúde, construção, aeroespacial e automotivo.

O tamanho do Mercado no Brasil

O Brasil é um mercado em crescimento na América Latina e é esperado que o mercado de impressão 3D no país continue a crescer nos próximos anos. De acordo com algumas estimativas, o mercado de impressão 3D na América Latina deve ultrapassar US$ 700 milhões em valor até 2024, com o Brasil sendo um dos principais contribuintes para esse crescimento. Alguns setores que estão impulsionando o crescimento do mercado de impressão 3D no Brasil incluem saúde, construção, aeroespacial e automotivo.

Os tipos de impressão 3D

Existem vários tipos de impressão 3D disponíveis — cada tecnologia de impressão 3d é indicada para uma finalidade diferente. Dentre os mais utilizados do momento, destacamos três:

Fabricação com Filamento Fundido (FDM ou FFF)

Iniciamos com a técnica mais conhecida e usada pelos profissionais — a fabricação com filamento fundido, a impressão 3d fdm. Nela, há um aquecimento do filamento, até obter a fusão. Assim, o volume do material é pressionado por meio do bico extrusor, sendo então, depositado na superfície onde será feita a impressão.

Passos da Impressão 3D tipo FDM
Referência: 3D Hubs (https://www.3dhubs.com/knowledge-base/introduction-fdm-3d-printing/)

Conforme você pode observar na imagem acima, o material é depositado em camadas. Como analogia, você pode imaginar a construção daquele castelinho de areia feito nas praias. Hoje estas impressoras FDM conseguem fabricar peças com resolução entre 0,05 e 0,4 milímetros (altura de camada). Veja que quanto menor esta altura de camada, maior é a qualidade da peça impressa.

De baixo custo, ela conta com processos simples, que podem ser realizados por iniciantes ou não. Porém, as peças produzidas não contam com grande riqueza de detalhes como as impressoras de resina e, de acordo com a sua geometria, você pode precisar de um suporte extra (algumas geometrias não permitem a impressão no ar, sem sustentação).

Sem dúvida destas são as impressoras mais baratas do mercado. Preparamos um material para que você saiba o preço de impressoras 3D no Brasil.

Impressão 3D com Resina – Estereolitografia (SLA, LCD e DLP)

Foi o primeiro método de impressão 3D desenvolvido do mundo. A técnica consiste em utilizar um laser diretamente na resina líquida. Todas estas impressoras de resina usam luz que faz a cura (o endurecimento) da resina, no entanto cada um segue uma técnica diferente de como se comporta esta fonte de luz. A SLA usa 2 espelhos gavanometros que apontam a luz para coordenadas corretas em uma série de outros espelhos. Já as impressoras LCD e DLP usam a projeção de imagem, fazendo uma máscara para a emissão da luz, como a luz UV ultravioleta. O tipo de projeção indica se a impressora é LCD ou DLP.

Passos da Impressão 3D de Resina
Referência: 3D Hubs

Hoje, as impressoras de melhor custo-benefício como Anycubic Photon e LD002H são LCD que usam displays já fabricados para celulares e tablets de alta resolução. Você consegue impressoras hoje por pouco mais de R$3.000,00 no Brasil.

Dependendo do resultado, também é necessário que o objeto passe por um tratamento químico e mecânico na pós-impressão, com o objetivo de retirar possíveis resíduos. Mas já existem resinas laváveis à água e a 3D Fila já faz a fabricação.

Sinterização Seletiva a Laser (SLS)

Por fim, e não menos importante, temos a SLS, que é um método que promove a criação de peças com diversos materiais, sendo o nylon um bom exemplo. Nele, o laser consegue fundir as partículas de um material em consistência de pó — ação responsável por formar as inúmeras camadas do objeto.

Passos da Impressão 3D por Sinterização SLS
Referência: 3D Hubs

Tal versão exige um alto custo na matéria-prima usada na impressora 3D. Contudo, acredite: o investimento vale a pena, já que o acabamento é de excelente qualidade e resistência.

Quanto custa uma impressora 3D?

Uma impressora 3D pode ser comprada à partir de R$1.300,00 no Brasil. Mas o preço vai depender de alguns fatores:

  • Compra Nacional ou Importação
  • Volume de Impressão (área e altura)
  • Se a impressora é aberta ou fechada
  • Se a mesa é aquecida ou não
  • Se existe sensor de filamento
  • Se existe nivelamento automático
  • Se tem placa mãe de 32 bits
  • Se tem display gráfico colorido touch
  • Se tem detector de falha de energia e retomada de impressão

Para maiores detalhes, não deixe de conferir nosso guia das principais impressoras de melhor custo-benefício do mercado.

Passo a passo da Impressão 3D: da ideia até a fabricação

No tópico anterior, mostramos que existem vários métodos ou tecnologias para diferentes tipos de impressoras 3D. Independente da máquina, todo o processo tem o mesmo fundamento. Trabalhamos camada por camada.

O fluxo de trabalho de impressão 3D é o seguinte:

Projeto da peça 3D

Este processo pode ocorrer por ferramenta de CAD ou scanner 3D

Correção da peça 3D

As ferramentas de CAD não são perfeitas, apesar de muita evolução ter ocorrido. Então falhas como furos no objeto precisam ser corrigidas para que as peças fiquem “water tight”, ou sólidas.

Fatiamento

Através destes programas fatiadores ou slicers, como Cura, Slic3r e Simplify, o modelo 3d é transformado em camadas ou fatias e então traduzidos em linguagem que a máquina entenda. Normalmente formado GCODE

Setup e impressão

Ligar a impressora, carregar novo filamento ou resina, gravar o arquivo GCODE em cartão de memória e iniciar a impressão

Monitoramento

Nunca deixa impressora 3D desacompanhada. O processo envolve energia elétrica, material combustível e alta temperatura. É possível que você tenha que fazer diferentes alterações em configurações de fatiamento e iniciar nova impressão durante o processo.

Retirada da peça, limpeza e acabamento

Assim que a impressão termina você precisa retirar a peça com cuidado da mesa (FDM) ou cuba (resina) fazer limpeza com água ou álcool (resina), e em algumas impressões remover suportes. Você pode ainda dar algum acabamento com primer, acetona ou outro solvente e ainda pintura (FDM).

Nós preparamos para você um circuito completo para entender todo processo de impressão 3D que pode ser aplicado a qualquer impressora e ainda um detalhado guia para filamentos e resina. Este circuito é chamado 3D Fila Iniciar.

Em nosso Blog você encontra muitos artigos que falam sobre aplicações com estas maravilhosas máquinas, mas separamos para você um artigo que fala sobre 6 formas de ganhar dinheiro com a impressão 3D. Este é um artigo de 2019, mas continua muito válido, aliás, tem se valorizado ainda mais.

Impressão 3D de próteses

Foto de uma prótese impressa 3d pela enable
Referência: e-NABLE Brasil

Destacamos aqui um projeto internacional no qual participamos oficialmente como fornecedor de filamentos. Trata-se da ONG e-NABLE Brasil. A e-NABLE é uma organização sem fins lucrativos que conta com doações e voluntários para desenvolver e entregar próteses para amputados ou pessoas que nasceram com alguma agenesia.

Você pode também ser um voluntário e-NABLE. Siga pela página oficial para obter maiores detalhes.

Os principais softwares de impressão 3D

Para conquistar bons resultados, a impressão 3D é um processo realizado em várias etapas — cada qual, composta por cuidados e técnicas distintas. Já para conseguir gerar um arquivo compatível com o equipamento, é importantíssimo modelar a peça em um programa de computador.

Posteriormente, o profissional precisará gerar o arquivo em formato STL e, somente depois, enviar o documento para gerar o chamado G-Code.

Acredite ou não, os softwares escolhidos podem influenciar — e muito — na qualidade de um objeto. O mesmo vale para as ferramentas disponíveis em cada programa, que costumam variar de acordo com o nível de especialização do indivíduo e as necessidades de manipulação.

Listamos abaixo os principais softwares que podem ser multi ferramentas. Alguns são fatiadores, outros podem cortar peças, juntar peças, rotacionar objetos e ainda moldar.

  • Ultimaker Cura
    • Ultimaker é fabricante mundial referência de impressoras 3D e disponibiliza ainda este incrível fatiador gratuitamente e em formato open source (isso quer dizer que toda a comunidade 3d pode ajudar em futuras melhorias). Este é um excelente software capaz de gerar arquivos GCODE otimizados rapidamente.
  • Simplify 3D
    • É também um grande software, porém pago e de plataforma fechada. Este programa consegue, assim como o Cura, configurar toda a sua impressão através de diversos parâmetros. Capaz ainda de prever com pequena margem de erro o tempo de impressão, quantidade de material gasto e ainda custo de impressão por peça.
  • Slic3r
    • Este é ainda um bom software aberto e gratuito. Foi um dos primeiros fatiadores do mercado e costuma receber as primeiras melhorias e atualizações.
  • 3D Builder
  • Meshmixer

Os melhores softwares de modelagem 3D

Mas como estes modelos 3D são criados? Existe um grande esforço no sentido de criar ferramentas fáceis e rápidas para criação de objetos 3D. São inúmeros softwares 3D que estão sendo criados e atualizados.Nesse contexto, é de extrema relevância conhecer as opções de software disponíveis no mercado e, a partir disso, escolher a mais adequada para esculpir os seus projetos. Confira a nossa seleção abaixo:

Tinkercad

Imagem tirada da página principal do site da Tinkercad indicando com uma seta onde deverá clicar para fazer registro no site.

Talvez este seja hoje a principal ferramenta ou software 3D para iniciação de qualquer usuário. É uma ferramenta online, gratuita e fácil de usar. É inclusive usada também por escolas. Preparamos um artigo muito legal com o primeiro passo-a-passo para criar seu primeiro modelos 3d.

Mas você já pode conferir um vídeo muito intuitivo que mostra a facilidade abaixo:

Mudbox

Software da Autodesk que custa, em média, 10 dólares por mês ou 80 dólares por ano.

No momento, a opção é a principal utilizada pela indústria 3D, especialmente, porque consegue trabalhar com alta modelagem poligonal e, em alguns casos, até pintar mapas em malhas.

Fora os seus recursos básicos, o programa ainda conta com alguns diferenciais:

  • preço acessível, principalmente, em comparação aos demais softwares de 3D no mercado;
  • possibilidade de realizar correção de topologia para distribuição da densidade poligonal.

ZBrush

Bastante completo, o ZBrush é um software de impressão 3D que pode ser usado por diferentes profissionais – dos iniciantes e inexperientes, até os especializados no setor. O seu preço está em torno de 800 dólares, o que pode parecer um valor um tanto elevado para muitas pessoas.

Contudo, a opção consegue esculpir peças em 3D com perfeição, tornando a ferramenta uma das favoritas entre os artistas.

Ainda é importante ressaltar que os seus desenvolvedores têm o costume de ouvir atentamente o público e, por isso, estão sempre lançando melhorias e funcionalidades variadas.

Blender

Considerada uma ferramenta de código aberto, o Blender permite que o usuário construa modelos em 3D com a ajuda de recursos avançados para esculpir. Ao usá-lo, você ainda terá a chance de usufruir de um editor de vídeo, assim como, de controles de texturização, opções de animação e muito mais.

Porém, nem tudo são flores e o Blender também conta com um ponto negativo. Inicialmente, muitas pessoas acreditam que o seu uso é um tanto completo e apresenta uma curva de aprendizado bem íngreme.

Em linhas gerais, a utilização dessa ferramenta pode causar dificuldades, ainda mais, entre os “marinheiros de primeira viagem”.

Meshmixer

De acordo com os profissionais, o Meshmixer é uma espécie de “Photoshop” do mundo da impressão 3D. Gratuito e com um incrível poder de processamento, o software também foi lançado pela Autodesk e possui uma interface simples, dinâmica e que facilita o seu uso no decorrer dos projetos.

Sculptris

Criado pela mesma empresa do ZBrush, o Sculptris consiste em um programa de modelagem computacional, com foco nos usuários iniciantes. Ele ainda apresenta uma interface muito parecida com o “seu irmão”, mas com características que facilitam o desenvolvimento de peças tridimensionais.

A grande vantagem é que o software é gratuito e oferece todos os recursos básicos para a manipulação. Caso você esteja começando na área, a dica é experimentar a ferramenta e, posteriormente, conhecer o ZBrush para saber se valerá a pena investir nele no futuro.

Sculptura

O Sculptura é um aplicativo para sistemas iOS que funciona tranquilamente em iPads Pro, com o auxílio de uma Apple Pencil. Em média, o seu custo é de 10 dólares e pode ser adquirido na própria Apple Store.

Com toda essa acessibilidade, a ferramenta é indicada para usuários de nível básico ou intermediário. Você só precisará instalá-la para começar a criar peças tridimensionais, mesmo longe do seu ambiente de trabalho.

Mas não deixe de saber ainda mais sobre estes software. Também temos um texto legal que você pode ler aqui para aprender e escolher o seu programa favorito.

Os tipos de filamentos utilizados na Impressão 3D

Como você pode imaginar, o filamento possui grande relevância no desenvolvimento de um projeto tridimensional. Conforme o material escolhido, o resultado pode ser um grande sucesso, como também, um verdadeiro fracasso.

Dito isto, você precisará entender bem as diferenças entre as versões existentes e as suas principais indicações. Te ajudamos nessa missão!

PLA

É um material com ação biodegradável, composto por amido de milho e demais fontes renováveis. O seu uso na impressão 3D é bem diversificado, ainda mais, por conta de sua versatilidade e qualidade oferecida para os projetos. 

Pode ser usado em qualquer máquina, tanto as abertas, quanto as fechadas, ou sem contar com uma mesa aquecida. A opção ainda oferece boa resistência mecânica com carga estática alta e excelente qualidade superficial.

ABS

Originário do petróleo, esse filamento é o mais usado para as impressões 3D, sendo bastante tradicional na indústria.

É um material de baixa dureza superficial, resistente aos impactos e altas temperaturas. O seu visual é um tanto opaco e indicado para peças que exigem menos brilho.

Para imprimir com esse componente, é preciso possuir uma máquina com mesa aquecida, que irá melhorar a fixação do objeto na superfície.

https://youtube.com/watch?v=FEBSX5ZXuT4%3Ffeature%3Doembed

PETGXT

Extremamente resistente, esse material é ideal para quando o especialista deseja imprimir peças capazes de absorver impactos.

Assim como acontece com o PLA, essa opção consegue ser usada em impressoras fechadas ou abertas e, inclusive, não emite gases tóxicos e, tampouco, apresenta risco de rachar.

É uma opção que reúne vários benefícios e características do ABS e PLA, fazendo com que o seu uso no universo da impressão 3D seja altamente recomendado.

Tritan

Para muitos, o Tritan consiste em um plástico próprio para ser usado no setor da engenharia. Assim, ele apresenta excelente resistência térmica e mecânica.

Com tais características, a opção é amplamente procurada para o desenvolvimento de objetos técnicos. Contudo, existe uma limitação ao optar por essa modalidade. Para utilizá-lo, é preciso atentar à temperatura indicada para a extrusão, que gira em torno de 300 °C.

Tal indicativo é superior ao nível de resistência térmica do teflon, um componente muito usado em determinados extrusores. Fato que faz com que esse filamento seja recomendado somente para impressoras que contenham um extrusor de tipo All Metal. Não se esqueça!

Hips solúvel

O Hips caracteriza-se como um filamento solúvel, formado pela mistura de borracha e poliestireno. Trata-se de um material que pode ser facilmente dissolvido em soluções d’limoneno.

Também é constantemente usado como material de suporte, uma vez que descarta a necessidade de remoção por técnicas abrasivas, ferramentas de corte ou demais caminhos que resultam em uma impressão de acabamento com baixa qualidade.

Flexível

Pode ser usado no desenvolvimento de objetos que necessitam de maior índice de maleabilidade. Entre eles, estão os anéis de vedação e as palmilhas.

Para usá-lo corretamente, é preciso conferir com frequência a sua impressora 3D, porque a folga excessiva entre o extrusor e o tracionador é capaz de fazer com que o filamento dobre, interrompendo assim, todo o processo de impressão.

Parâmetros de impressão

  • Altura de camada
  • Primeira camada
  • Suporte de impressão 3D
  • Sentido de impressão
  • Impressão de peças pequenas
  • Impressão 3D de peças grandes
  • Impressão 3D colorida

Os principais erros cometidos na impressão 3D

Assim que escolher o melhor software, filamento e impressora 3D, você já estará pronto para aproveitar a capacidade que essa tecnologia tem para produzir peças variadas.

É interessante ressaltar que boa parte do conhecimento será adquirido na prática, com o uso constante das ferramentas e análise dos materiais mais usados em cada projeto.

De qualquer forma, existem alguns erros que são frequentemente cometidos por quem é iniciante no segmento da impressão 3D e que devem ser mencionados para que você também os evite logo de início. Vamos descobrir quais são eles?

Bico extrusor muito próximo da mesa de impressão

Esse cenário se dá quando o filamento não é depositado na mesa de impressão — mesmo que o especialista tenha verificado se existe filamento suficiente no carretel e se a cabeça de impressão está se movimentando corretamente.

Em muitas situações, a causa é a mesma: o bico extrusor encontra-se muito perto da mesa de impressão 3D, levando o filamento a voltar para dentro e entupir. Para fugir do problema, aumente a altura do eixo Z do seu bico extrusor e fique de olho na altura adequada para cada tipo de impressão.

Impressora 3D sem filamento

Você já configurou o modelo no software de fatiamento, mas, mesmo assim, nenhuma peça está sendo impressa? Quando isso ocorre, é porque o filamento acabou e precisa ser reposto. 

Em certas impressoras, como a PRUSA i3, o problema é fácil de ser identificado. Já em outras, tais quais a Ultimaker, será preciso uma atenção maior para solucioná-lo, exigindo que o usuário fique sempre atento ao carretel.

Filamento descascado

É um erro frequente e que pode ocorrer em diversas fases da impressão 3D, independentemente do material utilizado. Inclusive, esse quadro pode promover a pausa na saída do filamento e, como resultado, a interrupção repentina do equipamento.

O mais comum é que o cenário seja causado por bloqueios presentes no bico extrusor, assim como, temperatura errada ou baixa tensão do fio.

Para solucionar, procure puxar de forma delicada o filamento do carretel e forçar a saída do componente. Assim que conseguir identificar a parte danificada, lembre-se de cortá-la e ajustar a tensão na própria mola da extrusora.

As bordas da impressão estão saindo da peça

Conhecido como “pé de elefante” esse problema é responsável por promover um acabamento negativo ao objeto. A principal causa diz respeito ao peso do objeto, fazendo com que exista uma alta pressão no fundo da peça antes mesmo do seu resfriamento integral.

Não quer passar por essa situação? Então, garanta que a mesa de impressão esteja devidamente resfriada, assim como a base do objeto, sem prejudicar a sua estrutura.

Camadas não alinhadas

Assim que a impressão vai “ganhando forma”, podem surgir certas imperfeições, promovendo uma queda notável na qualidade do objeto tridimensional. Inclusive, ao analisar o modelo de perto, é possível notar que as camadas não estão devidamente alinhadas, afetando a impressão “da direita para a esquerda”, assim como nos eixos x ou y.

Para que isso não aconteça, é preciso conferir o equipamento e os famosos “pontos de ajuste”. Cheque também o bico extrusor e as diferentes partes da máquina para impedir que haja qualquer desalinhamento. Ainda recomendamos verificar as engrenagens, motores e demais componentes, como as porcas, parafusos ou correias.

Camadas com aparência fibrosa ou caída

Conhecido como “sobre-extrusão”, esse problema acontece quando o equipamento utiliza mais material do que é preciso, resultando em peças com formatos caídos, aparência fibrosa e excesso de filamento na parte externa.

Existem várias razões para que isso aconteça. A mais frequente é a configuração do multiplicador de fluxo ou extrusão no software de fatiamento, que se encontram em níveis altos demais. Para corrigir, é necessário acessar o programa e alterar a sua formatação ou realizar essa etapa por meio da própria impressora 3D, caso o modelo tenha esse recurso.

Se você quiser saber um pouco mais, veja aqui os 40 erros mais comuns nas impressões 3D de FDM.

Como dar acabamento nas peças

  • Alisamento e pintura
    • Lixar (mais indicado para ABS)
      A ação de lixar uma peça impressa faz com que exista uma suavidade entre as camadas, eliminando aqueles visíveis degraus, principalmente se você estiver fazendo impressões com camadas bem altas. Consiste em um processo de começar com lixas mais grossas e ir trocando por lixas mais finas. O lixamento mais fácil ocorre com o ABS, já PLA, PETG e outros que tem uma resistência superficial maior este processo pode ser tornar mais difícil.
    • Revestimento com Primer
      Indicado para todo tipo de material. É a base que reveste uma peça e após algumas aplicações é capaz de eliminar a percepção de camadas. Tome cuidado apenas para não exagerar e acabar com os detalhes de sua peça
    • Calor
      O uso de sopradores térmicos pode ajudar no acabamento de PLA. Preparamos também aqui um artigo bem interessante sobre acabamento no PLA.
  • Acabamento com acetona de alta concentração
    • Este acabamento é conhecido como acabamento com vapor de acetona. A acetona é um diluente natural do ABS e assim, quando em contato com o material ele acaba se dissolvendo, fazendo com que as camadas da impressão se juntem. Também é possível pincelar a acetona ou fazer um rápido mergulho. O material HIPS também tem uma pequena reação com este componente químico. Preparamos um artigo especial e completo para este tipo de acabamento.

Os principais termos da Impressão 3D

Se você deseja se especializar no ramo da impressão 3D, será preciso entender como funciona cada método existente, assim como, conhecer os termos mais utilizados no segmento.

Tais palavras carregam significados diferentes e, muitas vezes, são originárias da língua inglesa e se referem a técnicas exclusivas. Não sabe quais são os mais usados? Abaixo, criamos uma lista que pode te ajudar a não se perder.

STL

Diz respeito a um formato de arquivo, muito usado pelos programas de impressão 3D para que sejam realizadas as leituras corretas dos modelos via CAD 3D.

Fatiador

Consiste em um software responsável por converter o arquivo STL para as coordenadas da máquina, a fim de garantir o posicionamento adequado.

GCode

Muito conhecido na indústria devido à evolução das chamadas máquinas CNC. É uma linguagem que a impressora 3D entende para poder executar, de fato, a impressão. Assim, os seus arquivos utilizam a extensão .gco ou .gcode.

Camada ou layer

São todas as etapas que promovem a resolução de uma peça impressa. Elas são criadas a partir do famoso “depósito de filamento”, na própria mesa de impressão ou no objeto que está sendo produzido.

Bico extrusor

É uma das peças mais importantes de uma impressora 3D. O bico extrusor é, na prática, um conjunto de elementos responsáveis por aquecer o filamento e fazer seu depósito na mesa de impressão.

Ele conta com um tracionador, bloco aquecedor, dissipador de calor e o bico de impressão.

Filamento

Baseia-se em um fio de plástico ou qualquer outro material que possa ser enrolado em um carretel. Em linhas gerais, é possível afirmar que essa é a principal matéria-prima presente no universo da impressão 3D.

Mesa ou cama de impressão

Estrutura formada por uma chapa de metal, que se aquece, além de um vidro, que atua como base para o processo de impressão 3D. Juntos, eles evitam que o filamento extrusado se quebre ao ser depositado.

A sua configuração e calibração correta é imprescindível, já que conta com uma forte influência no resultado das peças.

Overhang

O termo é referente a um fenômeno físico pertinente no segmento de impressão 3D, ele descreve o decaimento de um material durante o processo de impressão devido a inclinação entre a peça e a mesa. Um grande exemplo seria imaginar a letra “T”. Pois para a imprimir a letra sem o suporte devemos reduzir a inclinação normal entre a linha superior e a linha de corpo na qual compõe a letra.

Como realizar uma impressão 3D de qualidade?

Todo profissional que entra no ramo da impressão 3D, deseja criar projetos cada vez melhores e mais elaborados. E como já não é segredo para ninguém, esse tipo de tecnologia é um tanto sensível, demandando o máximo de atenção e cuidados extras no decorrer das atividades.

Desse modo, reunimos neste Guia Completo alguns dos principais ajustes e configurações que precisam ser considerados daqui em diante. Anote!

Ajuste o bico e nivele a mesa

Comece assegurando que a mesa de impressão esteja devidamente nivelada e que a distância do bico extrusor em relação a ela seja adequada. Para conferir essas medidas, use uma técnica simples, que consiste em posicionar um cartão de visitas entre ambos e medir, no mínimo, quatro pontos para garantir que a distância seja a mesma em todos os lados.

Dica: essa recomendação é válida para todas as impressoras 3D, até mesmo, aquelas que possuem nivelamento automático.

Melhore a impressão de peças pequenas

Não é difícil se deparar com peças 3D pequenas e que apresentam um acabamento de má qualidade. Geralmente, isso se dá porque as camadas não possuem tempo hábil para resfriar e, como resultado, acarretam em um visual ruim.

Com isso, é importante investir em alguns métodos para contornar o problema. Aumentar o resfriamento, imprimir vários itens de uma vez só e minimizar a velocidade de impressão são alguns deles.

Velocidade em 2023

Estamos em 2023 e fazendo uma nova atualização, vivemos em uma época no qual grandes fabricantes de impressoras 3D conseguiram acelerar o processo de impressão 3D. Impressoras 3D de filamento já conseguem ser ao menos 3 vezes mais rápidas que as anteriores. Impressoras de Resina 3D também já diminuíram o tempo de impressão em mais de 4 vezes.

Separei para você um artigo especial sobre impressoras em alta velocidade.

Encontre o fatiador ideal

Um dos pontos cruciais em projetos tridimensionais é analisar detalhadamente as configurações do fatiador. Essencial durante o processo, esse detalhe será responsável por converter um modelo 3D para que o equipamento consiga imprimir o objeto.

No mercado, existem várias versões de fatiadores, mas o correto é identificar a melhor para você. Nesse sentido, recomendamos ir experimentando diferentes configurações, até encontrar aquela que melhor se encaixa em sua proposta de criação.

Ainda indicamos que você não substitua o fatiador logo nos primeiros erros. O segredo é persistir para obter o melhor resultado e entender a fundo o desempenho de cada ferramenta existente.

Use filamentos de qualidade

É impossível falar de Impressão 3D sem citar a qualidade dos filamentos e resinas. Ao escolher um material de boa procedência, automaticamente, você conseguirá alcançar um excelente acabamento para as suas peças tridimensionais, possibilitando a criação de projetos de alto padrão.

Tenha cuidado para evitar a contaminação do material, assim como as variações no diâmetro ou demais imperfeições — detalhes que conseguem interferir negativamente no resultado, levando você a perder tempo e dinheiro.

Com a leitura desse Guia Completo, esperamos que você tenha conseguido aprender mais sobre a Impressão 3D, desde o potencial dessa tecnologia, até os principais segredos para criar peças fantásticas e com o mínimo de esforço.

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