8 configurações dos fatiadores que todo iniciante precisa saber
Saber as configurações corretas do software fatiador para a sua impressora 3D é um dos pontos importantes no sucesso do processo de fabricação. Estas configurações fazem a diferença entre uma impressão 3D bem sucedida e uma impressão 3D falha, sendo crucial entender como funcionam a segmentação dos dados e como afeta o resultado final.
Como as configurações de um software fatiador podem parecer um pouco complexas para os mais iniciantes, esta publicação vem para sanar as dúvidas, os medos e acabar com as impressões mal feitas. O design da peça também tem um fator preponderante na configuração do fatiador e pode ser um ponto de atenção.
Saiba quais são as 8 configurações de um software fatiador que todo iniciante precisa saber para o sucesso da sua fabricação!
As 8 configurações do software fatiador e da sua impressora 3D que todo iniciante precisa saber
As configurações do fatiador dependem de alguns fatores, como, por exemplo, o design da peça que está sendo fabricada e até o tipo de impressora 3D que se está sendo utilizada durante a fabricação. Para entender melhor cada configuração, deve-se entender também os recursos básicos do software fatiador e como afetará a impressão 3D.
O que é um software fatiador?
Um fatiador é um software que converte os modelos digitais nas instruções que são enviadas para a impressora 3D. Esse software literalmente corta a peça em camadas horizontais com base nas configurações escolhidas e ainda calcula a quantidade de material necessário para a impressora 3D. Todas essas informações compõem o conhecido GCode, que é enviado a impressora 3D.
Dica #1 – Cuidado com a altura da camada
A altura da camada é a resolução da impressão 3D e é importante fazer essa configuração no software fatiador. Uma camada mais fina vai permitir uma maior resolução na peça, com superfície mais lisa e levará um tempo de impressão 3D maior.
Numa camada mais alta, a impressão 3D será mais rápida e contará com menos detalhe na peça 3D. Uma resolução média recomendada pelo Cura é algo em torno de 0,1m e uma resolução baixa é em torno de 0,2mm, contando com pequenos detalhes aparentes.
Dica #2 – Espessura da Parede
As paredes externas do projeto devem ser rastreadas pela impressora 3D antes de iniciar as seções internas vazias do projeto para se definir a espessura das paredes laterais — que é um dos maiores fatores de resistência na impressão 3D.
O número automático de cada projeto é 0,8 e essa configuração impactará na espessura da parede da peça, sendo passível de aumento em caso de necessidade de mais durabilidade e proteção.
Dica #3 – Retração
Essa configuração da impressora 3D faz com que o filamento do bico extrusor seja retirado quando houver alguma superfície descontínua. Geralmente fica sempre no modo ativado para evitar o aparecimento de cordas ou que escorra filamento do bico extrusor, e quando a impressão 3D não possui superfície descontínua, pode ser até desativado.
Dica #4 – Densidade do preenchimento
O preenchimento é a densidade do espaço interno do objeto e deve ser medido em percentual em vez de uma medida simples como milímetros. Quando um objeto é impresso com 100% de preenchimento, será completamente sólido por dentro e essa característica pode fazer com que o processo de fabricação se torne caro e lento.
Em itens de exibição, é recomendado algo em torno de 10 a 20%. Peças mais fortes e robustas recomenda-se algo em torno de 75 a 100%, e isso pode ser configurado diretamente no software fatiador.
Dica #5 – Velocidade de impressão 3D
A velocidade da impressão 3D se refere a velocidade que a extrusora terá ao percorrer a peça enquanto deposita o filamento. Estas configurações dependem do formato da peça que está sendo impressa, do filamento que está sendo utilizado, da impressora 3D e até da altura da camada e da resolução da peça.
Para impressões 3D mais complexas, recomenda-se uma velocidade mais lenta em prol de uma melhor qualidade. Para impressões 3D mais simples, pode-se aumentar a velocidade da impressão em prol de mais rapidez no processo.
Dica #6 – Tenha suportes
Os suportes são estruturas que podem ajudar na fabricação de peças 3D mais complexas e que possuam alguma parte em suspensão ou que não possua material básico suficiente para o filamento ser depositado.
As saliências são partes da peça que ultrapassam o ângulo de 45º e podem criar uma aparência caída sem o suporte. Existem alguns tipos de suporte disponíveis para a impressão 3D e é importante conhecê-los e configurá-los corretamente no software fatiador.
Dica #7 – Tipos de Aderência à Mesa de Impressão
As configurações de aderência na plataforma no software fatiador irão impactar na qualidade do desenho, sendo o aparecimento de deformações na parte inferior do desenho uma das principais causas dessa não aderência. Duas configurações podem ser feitas, uma ideal para peças pequenas na parte inferior da impressão 3D, e outra que são como linhas ao redor da parte inferior do objeto 3D.
Dica #8 – Espessura da camada inicial
Como uma configuração avançada do software fatiador, essa se refere a espessura da primeira camada na mesa de impressão. Para uma base mais robusta, deve-se criar essa primeira camada mais espessa, e um bom padrão é em torno de 0,3mm para ter uma boa aderência.
Saiba mais!
As configurações básicas de um software fatiador que todo iniciante precisa saber são os primeiros passos para tornar uma impressão 3D muito bem sucedida e garantir também a qualidade do processo de fabricação. Se preocupar em conhecer o software utilizado e sua interação com a impressora 3D também são etapas importantes. Saiba mais sobre o fatiador Ultimaker Cura nesse artigo: Ultimaker Cura.
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